domingo, 29 de junho de 2008
Mulher Camaleão
Move o mundo do tanque, do fogão
Ao alto escalão.
Por hora abandona o chinelo
E de salto vermelho e
meia arrastão,
vai surgindo
a grande guerreira.
Luta dias e dias às vezes armada
Com pano de chão...
Limpa o pó que chega
Pelo movimento da brisa
em outras...
Pelo vulcão...
Que balança a terra.
Assim, passa o tempo
mexendo com a Vida
De quem respira,
luta e sente
Impregnando na pele a
vontade em acordar
mansidão.
Sonha o sonho possível...
Possível?
Em transformar de apenas
Guerreira
A mulher companheira...
Acordar... Acordar...
E juntos,
buscar o leite e o pão.
Pés no chão, mulher guerreira.
Acorda!
Defende a cria...
Transforma o olhar
Tão sereno em olhos de águia...
Os passos tranqüilos
em salto de lince.
Busca amor e pão...
Conquista e sonha com a mansidão...
Luta por um dia e dias...
Acorda, amamenta e dorme...
Mulher serena...
Aos poucos,
transforma em um vulcão.
Olhos de águia...
Trabalho...Trabalho.
O andar arrastado pelo
cansaço da luta de um dia de cão...
Acorda olhos de fada...
Desejos de mulher... Sacia a fome...
Varas de condão
Os filhos chamam:
Mamãe quero mais pão!
Mulher na luta...
Cria a cria gerada no ventre fecundo.
Mulher, mãe
que gera e cria... Sonha...
De saltos vermelhos...
Olhar sedutor
momentos de gueixa...
Macia... Seduz e,
Encontra...
Momentos de amor!
Mulher
Ge Fazio
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